Guabiruba prepara ações para o combate à febre amarela no município


Na tarde desta quarta-feira, 04, houve uma capacitação para aplicar o plano de ação de enfrentamento da febre amarela para os agentes de saúde e agentes de endemias com a presença de outros setores e secretarias (Vigilância Sanitária e Secretaria de Agricultura). O plano será posto em prática ainda em setembro por determinação da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado de Santa Catarina.

A reunião aconteceu no auditório da Fundação Cultural de Guabiruba e repassou orientações sobre todas as etapas do plano e informações sobre a doença em si.  O próximo passo da Secretaria Municipal de Saúde, com início dia 09 de setembro no bairro São Pedro, será a aplicação do Formulário para Diagnóstico Situacional da Febre Amarela nas residências de borda de mata da cidade e repassar orientações à população com abordagem sobre a doença, transmissão e papel dos macacos como sentinelas.

O formulário tem como objetivo coletar dados necessários para identificar as regiões com maior risco de ocorrência da febre amarela mapeando presença de macacos e, com isso, antecipar ações de controle e prevenção da doença, diminuindo as chances de ocorrer outros casos humanos. A vacina é única prevenção contra a febre amarela.

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O objetivo é recolher o máximo possível de informações sobre a situação em Guabiruba e, a partir disso, definir os detalhes das ações seguintes que já estão programadas. “É importante que as pessoas respondam ao questionário com precisão porque é com seu resultado que vamos, por exemplo, saber quantas doses de vacina a cidade vai precisar”, explica a secretária municipal de Saúde Patrícia Heiderscheidt.

Febre amarela

A febre amarela é uma doença transmitida pela picada dos mosquitos específicos Aedes aegypti e/ou Aedes albopictus que vêm da mata. Ela pode atingir os seres humanos e os macacos, que também são vítimas da doença.

Os macacos não transmitem a febre amarela, por isso, não há necessidade de maltratá-los ou matá-los. O que ocorre é que eles ficam doentes e morrem primeiro e isso é um sinal de que o vírus está próximo.

Duas mortes humanas causadas pela doença já foram registradas em Santa Catarina em 2019 e diversos focos dos mosquitos transmissores continuam sendo encontrados por todo o estado.

De acordo com a Vigilância Epidemiológica do município, só neste ano foram identificadas 36 larvas do Aedes aegypti (também responsável pela dengue, chicungunya e zika vírus) e mais de 10 mil larvas do Aedes albopictus. Se um desses insetos picar uma pessoa contaminada, pelos próximos 12 dias ele passará a transmitir o vírus a todas as outras pessoas que picar e quem não estiver vacinado, poderá ficar doente.

Os macacos

É preciso compreender que nenhum macaco é transmissor da febre amarela, assim como não há contágio de humano para humano. Quem cumpre esse papel no ciclo da doença é o mosquito.

Os macacos ficam tão doentes quanto nós com a diferença de que, sem tratamento, morrem. Portanto, a morte de macacos pode ser um indicativo da presença da febre amarela na região. Por isso, todas as pessoas que encontrarem macacos mortos ou doentes, devem informar a Vigilância Epidemiológica ou Secretaria Municipal da Saúde em até 24 horas. Assim serão realizadas as ações de prevenção para que a doença não atinja as pessoas.

O telefone da Vigilância Epidemiológica de Guabiruba é o 3308-3123.

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