Foram divulgados nesta quarta (27), pela Prefeitura de Brusque, por meio da Comissão Especial de Estudos e Avaliação do Transporte Coletivo (CEEATC), os resultados apurados na Consulta Pública promovida entre os dias 04 e 17 de julho.
A Consulta contou com boa participação de usuários e não usuários, totalizando 1026 formulários preenchidos, número considerado positivo em relação à quantidade de pessoas que fazem uso do sistema atualmente.
A ação permitiu ao órgão obter resultados quanto ao perfil atual dos usuários e quanto às prioridades do cidadão, assim como sua opinião sobre deficiências do atual sistema emergencial.
2,1% dos usuários que participaram consideram excelente o atual serviço de transporte coletivo municipal prestado em Brusque, ao passo que 11,9% avaliaram como bom e 32,5% como regular. Já 27% e 25,8% consideram ruim e péssimo, respectivamente. Por fim, 0,7% não souberam opinar. Logo, embora 46,5% avalie de forma positiva o atual sistema, 52,8% acreditam que o mesmo deva melhorar.
Dos aderentes a consulta, 433 usuários declararam insatisfeitos com os atuais horários das linhas do transporte público municipal. Paralelamente, as linhas existentes foram mencionadas em 128 formulários. Já problemas de superlotação, a quantidade de ônibus disponíveis e o tempo de espera, foram lembrados, respectivamente, por 70, 66 e 42 pessoas.
Críticas gerais ao sistema e o estado de limpeza e conservação dos veículos da frota receberam, ambos, 69 menções cada. Reclamações quanto a pessoal operacional do transporte público, acesso ao sistema, pontualidade, tarifa e o trajeto dos ônibus, foram mencionados, de forma respectiva, por 30, 29, 24, 23 e 19 pessoas.
Por fim, Bilhetagem (18), meios de informação e contato com a concessionária (16), conservação dos abrigos (8), infraestrutura do transporte público (3) e tempo de viagem (3) também tiveram menções.
Com base na consulta, observa-se que grande parte da insatisfação dos usuários reside nos horários praticados na linhas, representando 41,23% das menções.
Para Thomas Haag, diretor-geral da Gestão Estratégica e supervisor da Consulta, os dados vão permitir, em uma ação de curto prazo, fazer adaptações pontuais no sistema emergencial, assim como subsidiar o planejamento das especificações do novo sistema. “É preciso ir além de achismos. Com a consulta agora podemos embasar mudanças e justificar prioridades nos ônibus”, pondera.
Esta não foi a última etapa com participação da comunidade. A expectativa da Comissão Especial de Estudos e Avaliação do Transporte Coletivo é apresentar o resultado do trabalho na Câmara de Vereadores em agosto, e ainda, realizar uma audiência pública sobre o assunto no decorrer dos trabalhos.
A íntegra dos dados obtidos com a consulta pública pode ser conhecida ao acessar o link https://bit.ly/RelatorioCPTransporteBq.