O delegado Alex Bonfim Reis da Divisão de Investigação Criminal – DIC de Brusque deu detalhes sobre o crime de homicídio contra o empresário Edinei Maia em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (21).
O empresário estava desaparecido desde 22 fevereiro, quando saiu para fazer um orçamento da marmoraria que era dono em Vidal Ramos. Neste sábado (15), quase quatro meses depois o local do corpo foi encontrado em uma vala, na Serra do Moura divisa de Brusque e Canelinha.
O crime
Segundo o delegado, a esposa Elisa Zirke dos Santos Maia, foi quem encomendou o crime e o planejou com antecedência e nos mínimos detalhes. O empresário teria sido rendido em Vidal Ramos e posteriormente levado até a divisa entre Brusque e Canelinha, onde foi executado e enterrado.
A linha do tempo do crime
Reis afirma que dia 22 foi registrado o desaparecimento do empresário e no primeiro momento foi registrado apenas o desaparecimento, depois foi constatado que o veículo havia sido subtraído. “Começamos a apurar no primeiro momento um latrocínio (roubo seguido de morte), na primeira fase encontramos o veículo em Palhoça e em uma segunda etapa foram apreendidas pessoas em Blumenau, Indaial, São José e Palhoça, duas pessoas foram presas temporariamente. Fomos investigando mais a fundo, ouvindo testemunhas até que chegamos a quem teve acesso ao veículo horas após o desaparecimento, foram realizadas novas prisões temporárias. Nós conseguimos provar de forma muito clara que essas duas pessoas estavam envolvidas”.
Segundo o delegado, a esposa contratou matadores de aluguel, ainda não há indícios da relação que a esposa de Edinei tinha com os executadores.
“Tudo que temos até o momento dizem que a esposa da vítima contratou uma pessoa para executar o marido, dizendo que ele abusava de crianças e a agredia, situação descartada pela polícia no momento. O plano consistia em fingir que havia um trabalho em Vidal Ramos, quando ele chegou ao local foi rendido e amarrado pelos criminosos, onde foi levado até o morro do Gavião onde mais comparsas esperavam. Eles seguiram a dentro da mata e executaram a vítima com golpes e foi enterrado no local”.
Reis ainda relatou que foi um crime premeditado e minuciosamente planejado, inclusive a cova estava aberta a dias antes. Os criminosos fizeram um churrasco no local dias antes.
“As provas que temos deixam muito claras os envolvimento de cada um. No momento estamos na fase de oitivas, onde estamos vendo o papel de cada um no crime”. afirma o delegado.
Os envolvidos podem responder pelo crime de homicídio qualificado, receptação e ocultação de cadáver. Todos os ouvidos até o momento afirmam que a esposa que encomendou o crime, ela até o momento não foi ouvida, mas em outros depoimentos negou o crime.