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Entrevista: Sassi fala sobre seus objetivos à frente da ACIBr e cita São Francisco

O empresário Marlon Sassi. Foto: Anderson Vieira/Olhar do Vale

O empresário Marlon Sávio Sassi, de 58 anos, tomou posse no mês de outubro como novo presidente da Associação Empresarial de Brusque, Guabiruba e Botuverá (ACIBr). Ele comandará a associação no período de 2023 a 2025. Por isso, o Olhar do Vale conversou com o empresário para saber mais sobre seus objetivos à frente da entidade. Confira:

Olhar do Vale: Quem é o Marlon Sassi pelo seu ponto de vista?

Marlon Sassi: O Marlon é um garoto simples, que vem de escola pública. Com 14 anos eu saí de Brusque, tive uma passagem pelo São Luiz, minha mãe foi professora no Colégio São Luiz. A gente vem de uma família bem simples, meu pai era gerente de supermercado e minha mãe professora e então fui para Joinville, fiz Escola Técnica Tupy, depois fiz engenharia mecânica e retornei para Brusque em 1991. Me casei com uma mulher maravilhosa, a Jô e tenho 2 filhos, a Sara e o Bruno. Tenho algumas empresas, tudo começou com a Sassipan em Brusque. Comecei como engenheiro mecânico depois eu fiz uma Pós-graduação em gerenciamento e fui melhorando a minha forma de ver as coisas. Hoje meus filhos ajudam administrar e desde que eu vim pra cá, em 91, logo depois em 93, eu já estava dentro da Associação Empresarial, então já vai dar uns 30 anos que eu estou aqui dentro. Comecei aqui no núcleo de Panificação. Como eu frisei um pouquinho na posse, o meu pai montou a panificadora e logo depois ele já tinha uma veia associativista. Ele começou a convidar os donos de outras panificadoras e quando veio o intercâmbio Comunique para o Brasil foi contactado e uma das Acibs era Brusque. Como ele já tinha montado isso e foi fazer reuniões nas panificadoras, foi trazer para dentro da Acib e hoje pelo nosso olhar das datas de reuniões, o núcleo de panificação é o mais antigo de Santa Catarina: comemora 30 anos em 2023. Então eu peguei essa veia associativista, depois fui coordenador do núcleo de panificação, depois fui convidado para vir pra diretoria e tive a possibilidade de ser presidente algumas vezes, mas eu não me sentia seguro porque a minha sucessão na nossa empresa, é a terceira geração, não estava pronta ainda. Agora estou maduro, passei dois mandatos de vice-presidente com a Rita Conti e a gente dividiu muito a parte administrativa. Criei uma relação muito boa com o seu Godoy, que é o executivo da Acibr e me senti à vontade para assumir essa posição ainda mais com a Rita de vice e mantendo dentro da diretoria nomes muito fortes, entre eles, ex-presidentes, como a própria Rita, o Halisson e outras pessoas que também eu convidei pra diretoria e aceitaram, então dá uma base estimulante pra gente continuar na caminhada. A mudança de presidente não é uma ruptura, mas uma continuidade. A Acibr tem 89 anos e é uma continuidade, chegou aonde chegou com uma representatividade tão forte porque ela continua a caminhar. A gente tem uma relação muito boa com demais entidades, com o Conselho de Entidades de Brusque, temos bons relacionamentos, essa talvez foi a paixão que eu encontrei na Associação Empresarial. Não existem disputas, não existe vaidade, escondendo ações, brigas, a gente resolve tudo sentando como amigos, conversando, então todas as autoridades do município sabem disso, sabem que tem a Acibr como uma entidade que pode ajudá-las a fazer o seu papel e é isso que a gente sempre fez aqui dentro e vai continuar fazendo.

Olhar do Vale: Quais são seus objetivos à frente da entidade?
Marlon Sassi:
: Dar continuidade ao trabalho. Hoje a Acibr conta com 26 núcleos setoriais e a diretoria da Acibr tem que viabilizar esses 26 núcleos que representam todos os setores, a maioria dos setores da sociedade e que eles possam se desenvolver. Isso é desenvolver as cidades de Brusque, Guabiruba e Botuverá, isso é fazer com que as cidades se desenvolvam, entregar produtos e serviços de qualidade pros nossos consumidores e então poder fazer a cidade ser a melhor. Eu acho que o primeiro ponto é esse, nós conseguirmos a união de todos. A Acibr é diferente e eu vejo pelo seguinte: nós temos um número de associados e praticamente 70% são participantes ativos da nossa associação, então as ideias que vem para a diretoria, do que ela precisa trabalhar vem das pequenas, médias e grandes empresas e nós estamos todos juntos né. Então essa é a primeira coisa, depois nós temos bandeiras como a barragem de Botuverá, que o governador já sinalizou que irá dar uma atenção. É uma bandeira que tem de 14 a 20 anos e agora está ficando bem evidente porque é o momento de resolver. Está tudo pronto; Projeto, licenças.

Olhar do Vale: O senhor vê algum desafio na sua gestão?
Marlon Sassi: Acredito que não. Eu coloquei na minha posse a frase de São Francisco que diz que primeiro a gente começa fazendo o que tem que ser feito e depois as coisas mais difíceis e quando a gente se vê está fazendo o impossível, essa é de São Francisco, não do Marlon mas eu aprendi a admirar São Francisco com meu superamigo, parceiro de trabalhos sociais, o Tato Zen. E a gente sempre levava essas questões, não tem que fazer nada de sobrenatural, nós temos que realmente sentar com todo mundo, principalmente com os nossos associados que representam toda a sociedade e olhar as
suas necessidades e usar a união dos empresários para fazer. Eu fico muito doído, não chateado, mas doído quando alguém olha a Associação Empresarial como uma associação dos empresários, empresa não é o patrão, não é o dono da empresa, são pessoas que se juntam para conseguirem achar a sua sobrevivência, a suas condições para viver dignamente, então toda vez que nós lutamos por alguma coisa, a sociedade toda se beneficia. Você vai lutar para a saúde na empresa, o que é saúde na empresa? Saúde para a empresa são de todos os funcionários e é isso que o empregador quer. Talvez antigamente ou em outro lugar, senão tratasse muito bem seus colaboradores, ele conseguiria sobreviver, na nossa realidade não é isso. Há falta de mão de obra então a gente trata com respeito, com carinho, com dignidade a todos. E é para isso talvez que o Marlon veio, o Marlon veio de empresas simples, pequenas para um meio de empresários bem sucedidos nas suas empresas, não que a minha não seja bem sucedida, mas eu digo que é um modo de escolher viver com empresas menores e hoje nós vimos que nós estamos juntos, caminhando com todo mundo, talvez isso que o Marlon veio fazer, o Marlon veio buscar as oportunidades iguais para todas as empresas e como eu disse: todos os funcionários e toda a população de Brusque que vai ser beneficiada. Espero fazer esses dois anos de mandato sempre escutando mais do que falando, embora já dá pra ver que eu gosto de falar um pouquinho (risos). Mas que eu tenha sempre, sempre, sempre princípios cristãos, que eu saiba quem olhe pra mim e mais ou menos eu saiba linha que ele vai tomar porque ele vai defender a coletividade. Eu gosto muito de dizer que Deus une e que Deus não separa as pessoas. Eu vou tentar entender, entender, entender aquilo que parece que não tá certo sabe, para que a gente possa levar pra frente e buscar sempre entender mais.


Olhar do Vale: A Acibr está aberta a novas empresas que queiram se associar…
Marlon Sassi:
Precisamos. Quanto mais demandas significativas, mas nós precisamos que o povo se engaje. Eu falo que assim, não vai adiantar a gente estar nos bares, nas festas, nos lugares, recriminando, mas não ter uma representatividade para levar essas demandas e a gente conversar e tentar fazer o que é necessário para isso ser arrumado, e é isso que nós aqui dentro fizemos, sempre tentamos entender as dores de todo mundo e levar-nos para frente.


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