Em obra no Poço Fundo, prefeitura isola cerca de 40 famílias no horário comercial


Ninguém entra ninguém sai. Parece que é este o ditado usado em uma obra realizada pela prefeitura de Brusque no bairro Poço Fundo. A interdição, de acordo com a Secretaria de Infraestrutura, será necessária por cerca de 15 dias úteis, em 240 metros da via, no trecho entre o Residencial Ipê Amarelo até a rua sem denominação – em frente ao número 2.355. O objetivo da obra é a colocação de tubos para obra de macrodrenagem do bairro.

Apesar de ser uma obra importante, a situação tem gerado reclamação dos moradores já que estão impedidos de transitar com veículos no período de 8h às 11h30 e das 13h40 às 17h30.

A reclamação, de acordo os moradores que entraram em contato com o Olhar do Vale, consiste é que há pessoas acamadas e também pessoas que dependem de sair com o veículo para tratamento de hemodiálise, como é o caso da esposa de Alceu Rech, Cristiane, de 41 anos, que necessita sair três vezes por semana para fazer o procedimento. “eu saio 5h30 da manhã e volto 9h30. Eu vou ficar duas horas esperando eles liberando a rua?”, indigna-se Alceu.

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Para o morador Djonata Thomaz, os moradores necessitavam ao menos de um desvio para poder chegar em casa. “A prefeitura alega que não tem como fazer um desvio ali, mas é mentira. Tem uma estrada antiga aqui que chegou a passar até caminhão. Como fica os acamados, as pessoas que precisam sair. Se acontecer uma emergência, como vai ser? “, alega Thomaz.

“As pessoas vão ter condições de passar só nesses horários”, diz Secretária

A reportagem do Olhar do Vale procurou Secretária de Infraestrutura Estratégica da Prefeitura de Brusque, Andréa Wolkmann, que comentou o por que de ter que interditar a rua desta forma.

Segunda ela “quando se realiza uma obra de infraestrutura, normalmente tem trechos nas vias que são mais complexos de serem trabalhados. Neste caso da Rua Poço Fundo, a via não tem largura suficiente para que eu possa fazer meia pista. Eu sou obrigada a interditar a rua toda para a instalação de tubos de drenagem. É uma obra que está compreendida no Ministério de Desenvolvimento que eu necessito fazer a infraestrutura, a pavimentação e os passeios e é isso que estamos fazendo. Claro que uma intervenção dessa envergadura a população fica agoniada, porque é a sua rotina, mas eu preciso executar 250 metros. Para que a a população não fique ilhada , conversamos com a empresa, para interditar em período determinado. Serão durante 15 dias. Nós colocamos esse prazo estendido pensando em chuvas. É possível que possamos reduzir esse prazo”, comenta a Secretária.

Inflexibilidade

O Olhar do Vale também questionou a Secretária sobre o pedido dos moradores em relação a um desvio para que possa haver uma alternativa, mas ela disse que isso teria que se analisar. “Em relação ao desvio teria que ser feito uma análise , pois passam sobre terreno de particular, então não tenho essa resposta nesse momento.

E quanto as pessoas que precisam sair para tratamento? A Secretária passou a mensagem de que não há flexibilidade: “O que posso dizer sobre essas pessoas que fazem tratamento, é verificar os horários e passar nos horários liberados. Ela vai ter condição de passar nos horários liberados. Só nesses horários”, finaliza.

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Jornalista graduado pela Univali em 2003 e pós-graduado em Gestão Estratégia Empresarial (ICPG) e Marketing (Univali). Passou por diversos veículos de comunicação da cidade, principalmente rádio. Desde 2011 atua também com treinamentos na área de oratória. Já treinou políticos, empreendedores, profissionais liberais e pessoas que tinham interesse em dar entrevista na mídia. Em 2014 fundou o Olhar do Vale, portal de notícias de credibilidade na cidade.