Eleições 2020 coloca pai e filho em lados opostos em Brusque

Danilo e André Rezini. As definições de sinuca de bico foram atualizadas. Foto: Câmara Municipal de Brusque

Com o anúncio das convenções partidárias que definiu os pré-candidatos a prefeitura, vice e vereança, surgiu um fato inusitado na história política de Brusque: pai e filho vão estar em lados diferentes nas eleições 2020 na cidade. Não se tem notícia de situação parecida na história de eleições diretas na cidade.

Danilo Rezini (Cidadania), o pai, presidente do Brusque Futebol Clube, é pré-candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Ciro Roza e tem como aliados, além do Podemos e do Cidadania, os partidos PP e PSL.

Já André Rezini (Republicanos), o filho, é pré-candidato a vereador pelo partido que tem como pré-candidato a prefeito o vereador Paulinho Sestrem, na coligação que conta com o PSC, PSD, PTB e PROS.

Para Danilo, a situação faz parte da democracia. “Sempre fui muito democrático e sempre respeitei opiniões e posições diferentes ,não só na política, mas em todas as situações de minha vida, seja familiar, profissional ou no meus em movimentos comunitários. Quem me conhece sabe como procedo em minhas ações. Criamos o PPS hoje Cidadania há uns 20 anos, o André sempre participou comigo nas discussões projetos e ações, Como esse ano não tivemos quadro de candidatos a vereadores, o André precisou buscar outra agremiação política, até aí tudo normal e legítimo, só que não sabíamos que nas articulações políticas acabaríamos ficando em situações adversas, mas vamos tirar de letra com respeito e consciência tranquila sem perder nossa dignidade. Uma prova viva que sabemos lidar com as diferenças”, afirma.

No entanto, André revela que a situação é curiosa, mas que a família Rezini está lidando com a situação de forma tranquila: “Realmente é uma situação bastante inusitada e curiosa, mas nada foi programado, simplesmente aconteceu. As coisas foram encaminhando para essa estrutura. Fui filiado ao antigo PPS e hoje Cidadania por mais de 20 anos e, atualmente, o partido não conta com candidatos suficientes para uma possível eleição de vereador. Sendo assim, fui para o Republicanos e meu pai Cidadania. É importante salientar que, no momento da mudança, não sabíamos que meu pai seria candidato a vice-prefeito e nem que o Republicanos apontaria candidato. A situação foi coincidência e nossa família está lidando com isso da maneira mais adequada possível e de forma bem tranquila, como sempre fez até em situações não político-partidárias. Somos muito respeitosos e colocamos esses valores familiares acima de toda situação. Outro fato importante de mencionar é que esse ocorrido é uma possibilidade dentro de uma democracia. Ideias serão colocadas, projetos serão pensados, mas o respeito, coerência, responsabilidade, sempre virá em primeiro lugar”, analisa.

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