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“É mais fácil encher um litro de cachaça e ficar sentado na praça incomodando do que pegar uma enxada e carpir”, diz Pirola sobre moradores de rua

Vereador Jean Pirola (PP), em pronunciamento na tribuna da Câmara. Foto: Talita Garcia/Imprensa Câmara Brusque.

Em pronunciamento durante a sessão ordinária desta terça-feira, 11 de maio, o vereador Jean Pirola (PP) elogiou a decisão do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSDB), de obrigar os usuários da Casa de Passagem daquele município a trabalharem. O local, assim como o Albergue Municipal de Brusque, atende pessoas em situação de rua. Salvaro anunciou a medida na segunda-feira, 10, em um vídeo nas redes sociais, no qual declara: “E não venham os direitos humanos reclamando que o prefeito faz o pessoal trabalhar. Eles vão trabalhar sim”.

Pirola acredita que o tucano representa muitos prefeitos, comerciantes e empresários: “Eu concordo com o que ele falou. Quantas famílias não têm 10% do que a Casa de Passagem oferece? Café da manhã, um bom chuveiro quente, uma cama quente, almoço muito bem servido, café da tarde, janta, psicólogo, nutricionista, médico, todo o aparato que o município obrigatoriamente tem que fazer para pessoas que muitas vezes não aceitam ajuda”, comentou.

O vereador pediu ao líder do governo Ari Vequi (MDB) na Câmara, Nik Angelo Imhof (MDB), que interceda junto ao chefe do Executivo municipal para que ação semelhante seja adotada em Brusque. “Que possa ser feito algo nesse sentido. Dê algo para essas pessoas fazerem”, sugeriu. “Se oferecer, esquece, eles não vão fazer, não vão trabalhar, não é do feitio trabalhar. É mais fácil encher um litro de cachaça e ficar sentado na praça incomodando do que pegar uma enxada e carpir a mesma praça”, disse. “Sou muito adepto dessa ideia. Se o Estado tem que manter essa pessoa, então que ela contribua com o Estado, faça algo pelo Estado também”, completou.

PL nº 10/2021
Ao abrir seu discurso, Pirola criticou a ação empreendida por determinado grupo da cidade de tentar pressionar vereadores a votarem contra o Projeto de Lei nº 10/2021, de autoria do vereador Natal Carlos Lira (DC). A proposta prevê que farmácias e drogarias sejam obrigadas a disponibilizar o serviço de aferição da pressão arterial.
“Claro que a gente tem que respeitar opiniões, grupos, situações, mas quando você passa a querer mandar, coagir, ou muitas vezes se utilizar do medo, do receio, de acuar a pessoa para ela fazer algo que ela pensa diferente, aí já muda de figura”, afirmou o parlamentar.

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