Os deputados Marquito (Psol) e Padre Pedro Baldissera (PT) entregaram a Gilberto Gil, neste domingo (26), a moção de aplausos aprovada pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). A entrega ocorreu no camarim do artista, logo antes do show no Centro de Florianópolis, pela Maratona Cultural.
A vice-reitora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Joana Célia dos Passos, também participou do encontro, representando uma proposta de concessão a Gil do título de Doutor Honoris Causa, que está para ser analisada pelo Conselho Comunitário.
Além da placa oficial da Alesc, Marquito entregou a Gil sementes crioulas e uma obra de arte feita com renda de bilro e fitas de cetim bordadas com trechos de músicas do artista. A renda representou a ancestralidade da Ilha de Santa Catarina. As fitas coloridas foram escolhidas como referência às fitinhas do Senhor do Bonfim, típicas de Salvador, terra natal de Gil.
A peça foi criada pelas mulheres do Coletivo Esperançar, que também escreveram uma carta para o artista. “Sua arte fala aos nossos corações e nossas vidas são infinitamente mais bonitas e criativas por causa dela”, expressaram.
Cada rendeira ou bordadeira escolheu um fragmento de uma canção de Gil:
– Susan Aparecida Mariot escolheu “Deixe-a simplesmente metáfora”;
– Myrian Maciel de Carvalho, “Ressuscitar no chão nossa semeadura “;
– Doris R Marroni Furini, “Se o amor é como um grão: morre e nasce trigo, vive e morre pão”;
– Mara Lúcia Bastiani, “E a agulha do Real nas mãos da fantasia… nosso dia a dia”;
– Myriam Bohrer, “Minha aura clara só quem é clarividente pode ver”;
– Sandra C. Ribes, “Tem que morrer pra germinar”;
– Olga Celestina Durand, “A paz invadiu o meu coração e fez um mar da revolução”;
– Marcia Castello Branco, “Tempo Rei, transformai as velhas formas do viver”;
– Denise Crespo Nunes , “Meu caminho pelo mundo eu mesma faço, a luta já me deu régua e compasso”;
– Joice Maria Fregapane, “É só balançar”;
– Marilde J da Fonseca, “A paz invadiu meu coração”;
– Nádia Conceição, “Pra você que me esqueceu, aquele abraço!”;
– M. Regina Giachetta, “Andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá”;
– Maria Cristina, “O seu amor, ame-o e deixe-o ser o que ele é”;
– Eloisa A C Rocha bordou o lema do grupo, “Coletivo Esperançar, sempre!”.