38ª Pronegócio termina com aumento de clientes e pedidos para os próximos três meses

Foto: divulgação –

A 38ª Pronegócio, maior rodada de negócios de confecção do Brasil, realizada em Brusque esta semana, de 11 a 15 de janeiro, chega ao fim com um saldo positivo com relação ao número de clientes: 10% a mais de compradores participaram desta edição.

Realizada pela Associação das Micro e Pequenas Empresas de Brusque e Região, em parceria com o Sebrae/SC, a 38ª Pronegócio contou com a presença de clientes de diversas partes do Brasil, que conferiram de perto as coleções apresentadas por 180 empresas de Brusque e região.  

Para o presidente da AmpeBr, Luiz Carlos Rosin, a avaliação do evento é positiva por vários aspectos, entre eles a inovação dos produtos, design, qualidade, e tecidos diferenciados apresentados pelos fabricantes em suas coleções. Além disso, outro fator importantíssimo foi o aumento no número de compradores em 10%. “Fizemos o acompanhamento dos eventos que ocorreram em São Paulo, como a Couromoda, Fenin Fashion e a São Paulo Prêt-à-Porter e as informações que tivemos do resultado dos eventos é que foram desanimadores. A única que foi sucesso foi a Couromoda. Com isso, para um mês de janeiro, avaliamos que a 38ª Pronegócio foi a maior do Brasil em termos de feira. Tivemos, nos cinco dias do evento, uma grande movimentação de negócios, com clientes de todo Brasil, e isso nos fortaleceu muito”, enfatiza Rosin.

Objetivo

O objetivo da 38ª Pronegócio era alcançar pelo menos os mesmos números da rodada de Outono/Inverno 2015. O que não aconteceu, segundo o presidente. “Ficamos 15% abaixo nesse quesito. Alcançamos 900 mil peças comercializadas, o que é um número bastante grande. Diante do problema econômico do país, os negócios realizados aqui nos deixam um pouco tranquilos, já que as empresas participantes saem da rodada com pedidos para dois ou três meses de produção”, analisa.

Outro fator observado pelo presidente foi a cautela dos clientes no fechamento dos pedidos. “Dos compradores que aqui estiveram praticamente nenhum passou de R$ 1 milhão em compras. Diferente de outras rodadas que compravam até R$ 3 milhões. Tivemos um grande número de compradores que fizeram compras menores. Isso quer dizer também que eles vieram com ressalvas e insegurança diante do mercado. 900 mil peças pode não ser o melhor número, mas foi um número muito bem trabalhado e é bastante expressivo, o que dará com certeza uma boa produção para as empresas nos próximos meses”, avalia.

Apesar disso, os resultados foram satisfatórios segundo Rosin, já que os clientes atenderam o convite e participaram em grande número de mais esta Pronegócio.

“Agora nosso objetivo é a 39ª Pronegócio, que acontece de 9 a 13 de maio. Já começamos os trabalhos. Todos os clientes que aqui estiveram, levaram seus convites, alguns até confirmaram a presença. Fora isso, devemos fazer mini rodadas na própria AmpeBr. Penso que muitos clientes que aqui estiveram farão pedidos para reposição e também vamos começar a trilhar o caminho para exportação. Dentro de 10 a 15 dias faremos reuniões com o objetivo de buscar novos horizontes e oferecer os produtos que fabricamos a outros países. Devemos compartilhar novamente este ano, junto ao Sebrae-SC, o projeto Moda Catarina ou um projeto similar, ou ainda um projeto na área de exportação, para sempre garantirmos os empregos, renda e qualidade de vida às pessoas envolvidas em nossa cadeia têxtil”, projeta Rosin.

Avaliação dos clientes e fabricantes

Os clientes que participaram da 38ª Pronegócio avaliam o evento de forma positiva. Ademir José da Costa, que possui quatro lojas, veio de Maringá (PR) pela primeira vez na rodada, após o convite da diretoria da AmpeBr durante uma viagem de prospecção. “Foi proveitoso. Vimos muita variedade de produtos. Como trabalhamos com a linha infantil e juvenil, além da boa qualidade, os preços também estavam bons. Com certeza vou vir nas próximas edições, para passar a semana toda aqui e convidar amigos também para participarem”, declarou ele, que acredita que os produtos adquiridos na rodada devem representar cerca de 30% das vendas em suas lojas.

Da mesma forma a compradora Maria Tereza Zerbine, de Indaiatuba (SP) fez questão de participar da 38ª Pronegócio. Ela, que há dez anos já frequenta as rodadas da AmpeBr, mais uma vez garantiu os produtos para sua loja. “Se eu não venho para a rodada, os produtos daqui fazem muita falta. Então sempre viemos, tanto para adquirir produtos femininos e masculinos, como infantil, a partir de agora. Em São Paulo tem muitos produtos, mas os que encontramos aqui tem um diferencial em termos de malharia, em especial, que é muito bem elaborada. Vale a pena participar e em maio estaremos aqui novamente”, acrescenta a lojista.

Entre os fabricantes, os resultados também foram satisfatórios. Vinda de Rio do Sul, a vendedora Elisabete Zen ficou satisfeita com as negociações que realizou ao longo dos cinco dias da 38ª Pronegócio. Para ela, a rodada foi extremamente importante para a empresa, já que proporcionou conhecer novos clientes e firmar ainda mais parcerias com os que já compravam seus produtos. “Acredito que este é o momento de buscar e criar novas oportunidades já neste início de ano, e a rodada da AmpeBr nos proporciona isso. Já participamos há três anos e sempre que puder estaremos aqui”,  comentou.

Próxima Rodada

A AmpeBr realiza a 39ª Pronegócio de Primavera/Verão 2016 de 9 a 13 de maio, no Pavilhão da Fenarreco, em Brusque.

por Asscom Ampe

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