Compra de votos: sessão da Câmara de Guabiruba é marcada por defesas e ataques

Foto: Câmara -

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Guabiruba – A sessão da Câmara de Vereadores realizada na noite desta terça-feira, 22 de março, em Guabiruba, se mostrou recheada de momentos polêmicos. Novamente, ao invés de uma pauta positiva, o principal assunto da reunião foi mais um possível escândalo, desta vez envolvendo compra de votos. Haliton Kormann (PMDB), é apontado como um dos que – junto de outras cinco pessoas – organizaram um esquema para trocar cargas de brita adquiridas com dinheiro público por votos nas eleições municipais de 2012.

Relembre: Ministério Público denuncia compra de votos em Guabiruba nas últimas eleições municipais

Integrantes da situação governista aproveitaram para lamentar na Tribuna. De acordo com o líder no PP na Câmara, Cristiano Kormann, o sentimento é de vergonha, ainda mais por conta do suposto uso de dinheiro proveniente da Prefeitura de Guabiruba para a compra de votos em 2012. Sano, como é apelidado, também aproveitou para alfinetar o ex-prefeito Orides Kormann (PMDB). “A gente se sente triste de saber que existiam até planilhas para a distribuição de brita. Acreditamos também que o prefeito da época, Orides, não tinha como não saber de um esquema desse”, salientou.

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O presidente da Câmara, Felipe Eilert dos Santos, também lamentou mais um possível caso de corrupção, contida na ação oferecida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), assim como as reações dos vereadores pertencentes à oposição, que saíram em defesa de Haliton. “Hoje nós vimos que alguns vereadores que dizem combater a corrupção apenas combatem a corrupção dos outros. Deles eles não gostam que se apure (…) a gente lamenta pelos fatos que são apresentados pelo Ministério Público e lamentamos pelas atitudes dos vereadores que, inclusive, agrediram moralmente um manifestante (Hilário Schweigert) que trouxe o seu caminhãozinho de brita em forma de protesto”. Eilert se referiu ao fato de Jaime ter chamado Hilário de lixo, por conta de sua manifesto pacífico.

O outro lado

Haliton não quis conversar com a imprensa. No uso da palavra livre, defendeu-se das acusações e, inclusive, desmereceu o trabalho de toda a imprensa, relatando que houve “pouca repercussão” no caso de compra de votos.

Já seu colega de partido, Jaime Luiz Nuss, disse que Haliton está tranquilo e que é preciso cuidar para não fazer um pré-julgamento, transformando toda a situação em um “circo”. Disse, também, que todos os candidatos trabalham, tendo como objetivo que seus eleitores votem neles.

por Wilson Schmidt Junior

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