Brusque – Quando começou o seu serviço nesta quarta-feira, 16 de novembro, a cabo PM Roberta Silva, que atende os telefonemas de emergência na Central de Operações da Polícia Militar (Copom) de Brusque, dificilmente imaginava que essa data iria ficar guardada para sempre em sua memória.
Em meio a uma chuva torrencial que causou prejuízo e medo em milhares de cidadãos brusquenses, a operadora do Copom recebeu, exatamente às 18h37min, uma ligação desesperadora. A primeira de seu turno, diga-se de passagem. Do outro lado da linha, uma mãe em prantos afirmava que seu bebê, de apenas 45 dias, estava desacordado e sem respirar após engasgar com a mamadeira.
Deslocar uma ambulância ao local não era uma opção. Além do tempo hábil, a mãe e seu bebê moravam no Bairro Zantão, intransitável e inacessível àquela altura, por conta da mãe natureza, que decidiu não contribuir com toda a chuva que caía.
Roberta, que acima de tudo também é mãe, sabia que ficar nervosa não era nem de perto uma opção. Mantendo a calma, a policial militar repassou de maneira fria os procedimentos para a desobstrução das vias aéreas do pequeno. Enquanto ela passava todas as orientações, a cabo PM Juliane Belli, que também é operadora do Copom, tentava contato com o Corpo de Bombeiros Militar de Brusque que, para tornar a ocorrência ainda mais angustiante, estava abarrotado de ocorrências para atender.
Foram momentos de aflição. Momentos estes que foram recompensados com as próximas palavras que a mãe diria ao telefone. “Está voltando a respirar. Está respirando”, disse a mulher, às lágrimas. Satisfação geral pelo dever cumprido dentro da sala de operações da PM brusquense.
Os bombeiros, após algum tempo, conseguiram acessar o local e conduzir a criança, preventivamente, para o Hospital de Azambuja. O bebê passa bem.
por Wilson Schmidt Junior
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