Tribuna Livre: “vocês têm que se conformar”, diz situação


DEJAIR
Foto: Câmara de Brusque –

Brusque – No uso da Tribuna Livre, o vereador Claudemir Duarte, o Tuta (PT), explicou para a plateia sobre o seu trabalho na presidência da Empresa Municipal de Pavimentação (Empav). Com o auxílio do telão, ele apresentou várias imagens e falou sobre a importância da Pavimentação por Adesão, aquela em que a comunidade paga apenas o preço de custo do asfalto para que suas ruas sejam concretadas, ou lajotadas.

“Fizemos quase 40 ruas com participação da população. Então vimos que com a Prefeitura podendo se aproximar do morador, com certeza os moradores sempre irão querer contribuir (…) quero crer que isso vá continuar, pois, é um trabalho muito bom”, finaliza.

Já Edson Rubem Muller, o Pipoca (PP), utilizou-se de seu tempo na Tribuna para explanar sobre o trabalho executado na era Eccel na área da Educação. O pepista fez um balanço, ressaltando sobre as melhorias na estrutura física das escolas, criação de vagas, implantação da merenda escolar de qualidade entre outros. “São apenas algumas ações que mostram, acima de tudo, o respeito com o cidadão brusquense”, disse ele, em defesa de Paulo Eccel (PT), cuja cassação reiterou que considerou injusta.

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Dejair Machado (PSD), o terceiro a falar, comentou sobre o adjetivo inventado pela bancada petista, chamando Paulo de “sempre prefeito”.  O pessedista relatou que a atual oposição precisa se conformar, diante da situação que dificilmente será revertida. Também comentou o pronunciamento passado de Marli Leandro (PT), que quis relacionar o mandato interino de Prudêncio como “biônico” (cargos biônicos eram aqueles escolhidos pelas autoridades militares na época do regime). Segundo o político, Paulo foi penalizado por uma série de fatores, entre eles, a falta de humildade. “Pra cada ação existe uma reação”, falou.

Marli Leandro (PT) contrariou Dejair, dizendo que cada um tem o direito de defender o que quiser. “Nós vamos continuar defendendo a nossa tese, porque é um direito que nos cabe. Assim como o senhor pode defender os seus”, disse. Leandro, durante seu pronunciamento, disse que qualquer pessoa que tenha um pouco de senso de justiça irá ficar com dúvidas acerca da decisão que cassou Paulo Eccel. Disse que é difícil explicar de outra forma, senão golpe, a retirada de Eccel do poder, já que a decisão foi exatamente a contrária para o prefeito de Chapecó, que foi absolvido.

Marli aproveitou parte do seu tempo, ainda, para falar sobre o projeto de terceirização que corre em nível nacional. A matéria pode influenciar diretamente na vida dos trabalhadores “meio”. Para ela, a minuta representará um grande retrocesso para a classe trabalhadora brasileira. “Ontem, ele foi retirado de pauta por conta das manifestações, até a próxima semana. A gente espera que ele não volte mais para a pauta e seja retirado”, disse.

Em aparte, Celso Carlos Emydio da Silva (PSD), em aparte, relatou que, neste caso, sim, trata-se de “dois pesos e duas medidas”, pois, a retirada de direitos trabalhistas feita pelo Partido dos Trabalhadores no início de 2015 não foi mencionada pela vereadora.

Moacir Giraldi (PT do B), em seu discurso, reiterou a escolha e o voto pela Chapa 2 nas eleições indiretas. Ressaltou também que irá votar a favor do projeto que prevê a abertura dos votos, momento em que foi aplaudido pela plateia presente. Vale lembrar que a campanha #falavereadoor, feita por Olhar do Vale (ODV), encorajou os vereadores a apresentar o projeto de emenda que pode permitir o voto aberto. Giraldi aproveitou do seu tempo para contradizer Marli Leandro (PT) que, na última sessão, disse que as obras estavam paradas. Ele mostrou fotos que comprovam várias obras que continuam em andamento. “A senhora está sendo leviana e mentirosa”, disse.

Ainda deu tempo de o político contradizer mais uma vez a petista, dizendo que não são verdadeiras as afirmações de que a educação brusquense está indo de vento em polpa. Ele fez referência à escola do Bairro Zantão, que possui esgoto à céu aberto, estrutura física precária e, até mesmo, vazamento de gás na cozinha. “Os diretores não tinham coragem de falar por medo de retaliação”, afirmou.

por Wilson Schmidt Junior

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