Segundo a PM, cerca de cinco mil vão as ruas de Brusque contra Dilma Rousseff


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Foto: Wilson Schmidt Junior –

As garrafinhas de água tiveram uma utilidade secundária na manhã deste domingo (15). Além de hidratar os que tinham sede, foram muitas as pessoas que derramaram todo o seu conteúdo na nuca ou na cabeça, devido ao forte calor que atuou em toda Brusque e região. Porém, todo esse calor não foi suficiente para afastar cidadãos e cidadãs da Praça Sesquicentenário, no protesto que pediu a deposição da atual presidente da república, Dilma Rousseff (PT).

Com início às 10h, milhares de brusquenses gritaram palavras de ordem, cantaram o hino nacional e ouviram os discursos dos organizadores José Adriano Machowski e Ronaldo Ivar Kamp, de cima de um caminhão de som. Ronaldo falou para Olhar do Vale (ODV) sobre o sucesso da manifestação. Segundo ele, isso só mosta o quão indignado está o brusquense e o brasileiro em geral. “Nós não estamos lutando apenas contra Dilma ou contra o PT (Partido dos Trabalhadores). Estamos lutando contra todos os políticos que estão junto na base governista”, afirma.

Ao contrário do rótulo estabelecido por lideranças políticas nacionais contra os manifestos, Kamp não aceita que os manifestantes sejam taxados de golpistas. “Golpe é enganar toda a população brasileira e fazer o que Brasília faz conosco. Isto não é golpe. É expressão popular e democrática”.

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Foto: Wilson Schmidt Junior
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Mas o evento não se resume apenas ao movimento popular realizado na área central da cidade. Paralelo aos discursos, uma petição que solicita o afastamento de Dilma e de toda a base governista do Planalto foi assinada por milhares de pessoas. “Esperamos reunir no mínimo três mil assinaturas, mas estamos preparados para receber até mesmo cinco mil”, explicou Ronald. O documento completo será entregue na próxima terça-feira, na sessão da Câmara de Vereadores de Brusque e, posteriormente, levado até Brasília, junto com centenas de outras petições semelhantes, de outras regiões brasileiras.

Surpresa

Sem que ninguém esperasse ou suspeitasse, um dos pontos altos da manifestação que pediu o Impeachment de Dilma foi a presença de vários caminhoneiros, que organizaram uma mini carreata– ou “caminhonata” como definiu Ronald Ivar Kamp – defronte à Praça Sesquicentenário. Os aplausos e gritos de toda a população presente serviu atestar o apoio incondicional à classe trabalhadora que promete parar as rodovias catarinenses novamente durante esta semana.

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Foto: Wilson Schmidt Junior

Após este momento, os cerca de cinco mil manifestantes, segundo à Polícia Militar, marcharam cerca de um quilômetro, passando pela Avenida Cônsul Carlos Renaux, pela Rua Rodrigues Alves, João Bauer, retornando, finalmente, para o local de origem.  À todo o momento os gritos de “fora, Dilma”, “vem pra rua”, “fora, PT”, entre outros, ecoaram pelas ruas do trajeto.

O outro lado

PAULO
Foto: reprodução/Facebook

Nenhuma liderança política que apoia Dilma foi encontrada no evento para falar sobre os manifestos. Porém, o prefeito de Brusque, Paulo Roberto Eccel (PT), postou em sua página no Facebook uma imagem que mostra uma coxinha, com os dizeres “Adoro democracia. Menos quando elegem os políticos que eu não quero. Aí eu grito Impeachment”, numa crítica evidente aos milhares que foram as ruas na manhã deste domingo. A publicação foi removida algum tempo depois de postada.

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Foto: Wilson Schmidt Junior

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