Orçamento Participativo gera discussões na Tribuna da Câmara

Foto: Prefeitura de Brusque -

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Brusque – Se por um lado a oposição governista deu uma trégua no assunto obras do PAC, agora o foco das reclamações são as ações previstas no Orçamento Participativo municipal, aquela em que a comunidade decide o que a Prefeitura de Brusque irá fazer em cada localidade, através de reuniões. De acordo principalmente com a bancada petista no Legislativo, durante a sessão da Câmara desta terça-feira (16), tais procedimentos estão paralisados, ao contrário do que foi prometido por Prudêncio, quando da sua ascensão ao cargo de prefeito, ocorrida há mais de 70 dias.

Felipe Belotto (PT) é um dos que se mostram contrariados pela atuação do governante interino. De acordo com o que ele relatou, durante entrevista para o Portal Olhar do Vale (ODV), várias lideranças comunitárias, delegados do orçamento participativo e a própria população estão cobrando a continuação do projeto iniciado durante o governo Eccel. “A gente percebe um discurso estranho no governo. As vezes dizem que vão continuar, em outro momento dizem que não tem dinheiro para continuar e que tem que fazer corte de gasto e em outro momento diz que está passando por uma avaliação técnica. Então a gente quer que o governo tome iniciativa e dê respostar firmes para a sociedade se vão continuar ou não”, afirmou o político.

Belotto citou, também, um processo licitatório que estava para ser aberto, que previa a contratação de serviços de drenagem para obras do Orçamento Participativo. Tal edital, segundo ele, teria sido cancelado pela atual gestão de Roberto Pedro Prudêncio Neto (PSD). “Isso materializa o fato de que eles paralisaram as obras do OP. Não é uma coisa que gostaríamos de estar dizendo, mas é uma realidade. O cronograma não está sendo desenvolvido. São obras que foram escolhidas pela comunidade. Se tiver que haver algum corte, que seja no supérfluo e não o que é importante para a comunidade”.

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Moacir Giraldi credita o atraso para a continuidade das ações do OP à exclusão de arquivos digitais importantes nos computadores da Prefeitura, referentes à cronogramas do projeto, durante o processo de saída de Paulo Roberto Eccel, quando de sua cassação. “Tudo que tinha sobre o OP foi apagado. A Prefeitura, agora, contratou uma empresa para que pudesse resgatar todos esses arquivos. Essa empresa conseguiu fazer isso, mas, na prática, foi um crime. Alguém apagou tudo que estava lá. Não se sabe quem foi. Felizmente conseguiram resgatar e agora está tudo aí”, afirmou o situacionista, garantindo que os procedimentos terão continuidade.

Belotto e toda a sua bancada acredita que tal alegação não passa de um subterfúgio para explicar a paralisia nas obras. “Isso é um absurdo. O OP não é um processo que estava lá numa gavetinha. Foram dezenas de audiências e hoje são 75 dias que o governo está instalado. Demoraram tudo isso para descobrir que um arquivo não estava no computador? É debochar da cara da população”, finalizou.

por Wilson Schmidt Junior

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