“Agora é Paulo Eccel quem terá de explicar em juízo onde está o dinheiro do observatório”, diz Ivan Martins

Foto: Wilson Schmidt Junior -

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Brusque – A sessão da Câmara de Vereadores de Brusque realizada na tarde desta terça-feira (9) foi marcada por denúncias direcionadas à administração de Paulo Eccel (PT). O primeiro a se pronunciar contra o ex-prefeito foi o vereador Ivan Roberto Martins (PSD). Em seu discurso, o situacionista saiu em defesa de Ciro Marcial Roza (PSD), também ex-prefeito da cidade e seu correligionário. O tema foi os recursos para a construção do Observatório Astronômico de Brusque, há anos abandonada pelo Poder Executivo.

Refutando as críticas históricas feitas em especial pela bancada petista durante vários anos, exigindo explicação para o suposto sumiço de recursos públicos que deveriam ser aplicados na construção abandonada às margens do Mont Serrat, na Rodovia Antônio Heil, Martins mostrou documentos no telão que comprovariam o depósito de cerca de R$ 376 mil no caixa da Companhia de Desenvolvimento e Urbanização de Brusque (Codeb), no último dia de governo de Roza, ou seja, 31 de dezembro de 2008.

Botando em miúdos, para o edil, a Prefeitura dispunha de recursos para finalizar a obra, porém, não o fez por raiva política. “Não tínhamos acesso as documentações para mostrar a eles onde foi colocado esse dinheiro. Agora, com essa mudança de governo, tivemos acesso e mostramos a eles nesta noite, especificamente as do Observatório. Foi feito. inclusive, uma avaliação pelo próprio governo de Paulo Eccel, onde mostra que a obra não pode ser continuada em razão do tempo que ficou parada. Da mesma forma, apresentamos um extrato de conta da Codeb que mostra que foram gastos R$ 600 mil no início das obras e que a Codeb transferiu cerca de R$ 376 mil para ficar em caixa para que o próximo prefeito, ou seja, Paulo Eccel, desse continuidade. Não houve a continuidade desta obra”, afirmou.

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Com isso, a procuradoria geral do município de Brusque, de acordo com Martins, impetrou uma ação civil pública contra Paulo Eccel. a fim de que ele explique em juízo aonde foram parar tais recursos que ficaram em caixa para a conclusão da obra.

Marli Leandro (PT), por sua vez, considerou fracas e ineficientes as provas demonstradas pelo seu opositor na Tribuna. Em entrevista, a petista declarou que se tais documento são verdadeiros, a Prefeitura, àquela época, sequer poderia contratar obras através da Codeb, já que a mesma devia milhões para a Fazenda Federal. “Se foi feito algum contrato com a Codeb, foi feito de maneira irregular. Segundo: qual é o cidadão que vai pagar adiantado para a conclusão de uma obra? Este repasse foi feito de maneira adiantada? Isso é muito estranho. Nós vamos nos aprofundar nessa questão (…) o Poder Público não poderia pagar adiantado por uma obra inacabada”, concluiu.

por Wilson Schmidt Junior

 

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