Sintrivest homenageia mulheres que venceram o câncer de mama


Marli Boos, Sônia Marisa de Oliveira Zink, Jaci Baron, Marlene Lussoli Gianesini, Suzete Marcolla e Bernadete Schvambach. Seis mulheres e algo em comum: todas venceram o câncer de mama. Pelo exemplo de força e superação, são estes nomes que estampam a camiseta do Outubro Rosa deste ano, distribuída pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Guabiruba (Sintrivest).

Todos os anos a entidade realiza a tradicional campanha do Outubro Rosa. O objetivo é estimular a prevenção junto às mulheres da categoria e de toda a comunidade, para realização de exames de rotina, que possam detectar precocemente a doença, e elevar o nível de cura.

A campanha é sempre realizada através de palestras e de uma camiseta alusiva aos eventos promovidos ao longo de todo o mês. Em 2016, o Sintrivest inovou no que diz respeito à camiseta da campanha. O tradicional laço do Outubro Rosa foi representado em um bóton entregue gratuitamente às pessoas que participaram dos eventos. Já a camiseta, trouxe nomes de mulheres conhecidas no Brasil e no mundo, que venceram o câncer de mama. Atrizes, cantoras, jornalistas, estilistas. Cada uma com sua história e todas marcadas pela luta contra o câncer. Brigitte Bardot, Patrícia Pillar, Joyce Pascowitch, Elba Ramalho, Arlete Salles, Constanza Pascolato e Olivia Newton John, foram os nomes que estamparam a primeira etapa desta campanha.

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E a segunda etapa será realizada neste ano. A proposta para 2017 foi de estampar na camiseta do Outubro Rosa do Sintrivest o nome de mulheres de Brusque e Guabiruba, que enfrentaram e venceram o câncer de mama! Suas histórias são um lembrete de que a luta continua na vida de muitas outras mulheres e que estamos unidos nessa grande conscientização.

Além de ter seu nome estampado em uma camiseta que tem uma causa tão nobre, as seis mulheres serão homenageadas durante o evento de Outubro Rosa do Sintrivest, neste sábado, 7 de outubro, às 15h, na sede da entidade. Na oportunidade ainda haverá a palestra “Como prevenir o câncer de mama a partir das plantas medicinais”, ministrada pela a terapeuta Maria Eugência Demétrio.

“O nome de seis mulheres que venceram o câncer de mama estampam a nossa camiseta do Outubro Rosa deste ano. A ideia é propor uma reflexão para que as mulheres se conscientizem de que a doença, quando descoberta precocemente, aumenta muito a chance da cura. Estas seis mulheres, que moram em Brusque e Guabiruba são exemplo disso, de que é possível vencer o câncer de mama”, afirma a presidente do Sintrivest, Marli Leandro.

 

Conheça as homenageadas

 

Marli Boos

Marli Boos tem 61 anos e é aposentada e mora em Guabiruba. No início de 2014 localizou um caroço na mama direita. Procurou atendimento médico no Posto de Saúde e foi encaminhada para uma pequena cirurgia. O especialista, no entanto, disse que o procedimento deveria ser feito em um hospital maior e ela fez a retirada do tumor no dia 10 de março de 2014. Até ali ninguém ainda sabia da gravidade da doença. A biopsia confirmou o câncer maligno em 21 de abril. Pelos três dias seguintes Marli não quis acreditar no resultado e só se submeteu ao tratamento pela insistência da família e dos médicos. Ela, que não fazia a mamografia anual, tinha a convicção de que não estava doente. Foram 12 sessões de quimioterapia, a cirurgia e mais 30 sessões de radioterapia. Hoje, Marli continua o tratamento via oral, com a duração de cinco anos.

 

Sônia Marisa de Oliveira Zink

Sônia Marisa de Oliveira Zink tem 60 anos e é a presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer. Em 2005 localizou um nódulo na mama esquerda e passou por cinco especialistas. Todos, com o mesmo diagnóstico: um tumor benigno. O sexto médico, no entanto, além da mamografia, solicitou uma ultrassonografia e mais um nódulo foi descoberto. A biópsia foi encaminhada para análise e, cinco dias depois veio o resultado que ninguém esperava: tumor maligno. Sônia passou por uma cirurgia e fez cinco sessões de quimioterapia. Debilitada, precisou de internação hospitalar neste período. Foram mais cinco anos de medicação via oral e hoje ela faz apenas o acompanhamento médico de rotina. Sônia nunca perdeu a fé e tinha muita certeza de que alcançaria a cura. Por isso, considera o trabalho voluntário frente à Rede Feminina como uma missão.

 

Jaci Baron

Jaci Baron tem 73 anos e é aposentada. Descobriu que tinha câncer nas duas mamas em 2012. Uma, em estágio mais avançado. Passou pela cirurgia de retirada total da mama esquerda no dia 5 de novembro daquele ano. E, após a recuperação, precisou de uma segunda intervenção, agora na mama direita, em meados de 2013. Além disso, foram 18 quimioterapias e mais 28 radioterapias. Hoje ainda faz uso da medicação via oral, cujo tratamento dura cinco anos. Para ela, vencer a doença foi fácil. Garante que não passou nenhum dia de cama com a plena consciência de que não deveria se entregar. Apostou na fé, fez todos os exames necessários e cumpriu o tratamento à risca. Encontrou na Rede Feminina de Combate ao Câncer muito mais do que apoio e alento. Hoje tem amigas que viveram a mesma história e que partilham a alegria da cura. Outras, que infelizmente ficaram pelo caminho, são guardadas no coração.

 

Marlene Lussoli Gianesini

Marlene Lussoli Gianesini, tem 52 anos e é costureira. Em outubro de 2015 descobriu um nódulo na mama direita, durante o banho. Na hora, ficou apavorada e marcou o exame de mamografia, em seguida um ultrassom. Com os exames em mãos, passou por uma consulta médica e o procedimento de pulsão. Uma semana antes do Natal daquele ano, veio o diagnóstico: câncer maligno. A notícia causou muita tristeza em Marlene, que foi à missa no mesmo dia e entregou nas mãos de Deus seu pedido pela cura. Em janeiro de 2016 ela foi submetida a uma cirurgia, para retirada de um quadrante do seio esquerdo, devido ao tamanho do nódulo, que era pequeno, como um grão de feijão. Depois da cirurgia, passou por 30 sessões de radioterapia. Hoje, dois anos depois da descoberta, Marlene segue com sua profissão e com a vida em família. Ela acredita que é fundamental descobrir o câncer cedo, pois isso faz diferença em todo tratamento.

 

Suzete Marcolla

Suzete Marcolla tem 47 anos. É aposentada, ex-costureira e reside no bairro Águas Claras, em Brusque. Teve Câncer de Mama há 11 anos.  No final de 2005 sentiu algumas dores na mama esquerda e, no início de 2006 durante um autoexame percebeu a presença de um caroço, menor que um grão de arroz. Buscou atendimento médico e com os exames, recebeu o diagnóstico do câncer. Após a biópsia e a constatação, em março de 2006 precisou fazer a retirada de um quadrante da mama esquerda. Passou por oito sessões de quimioterapia e 30 de radioterapia. Desde então faz o acompanhamento constante. “Os médicos explicaram que a dor que eu sentia era por que o câncer estava próximo a um nervo, pois a maioria diz que o Câncer de Mana é silencioso, não dói. Acredito que sempre que sentimos algo diferente precisamos verificar, pois isso faz a diferença. O autoexame e a prevenção são fundamentais. Se eu não tivesse ido atrás, poderia ter perdido a mama toda, ou então até a vida”, conta. Para ela, além da busca pelo tratamento, outra questão foi fundamental: a fé. “Nunca perdi a esperança e foi a fé que me motivou a continuar”, completa.

 

Bernadete Schvambach

Bernadete Schvambach tem 58 anos e reside em Guabiruba. É dona de casa e ex-costureira. A descoberta da doença veio durante um banho, em 2013, quando sentiu um pequeno caroço na mama esquerda. Resolveu busca ajuda médica, fez exames, a biópsia, e em 23 de janeiro de 2014, dia de seu aniversário, recebeu a confirmação.  Por conta do câncer estar enraizado, precisou retirar toda a mama. “Perdi o chão naquele momento e me perguntava porque tinha ser comigo, já que sempre associamos a ideia de câncer à morte”, relembra. Em junho de 2014 começou a primeira quimioterapia, que durou cerca de um ano, além de 28 sessões de radioterapia. O tratamento enfraqueceu o coração, a fez perder o cabelo, mas a força da família, dos amigos e a fé fizeram a diferença para superar a doença.  “A minha força de viver sempre foi maior que tudo e hoje vejo o quanto isso foi importante”, comenta.  Hoje, ela dá força e esperança para mulheres conhecidas que recebem o mesmo diagnóstico que ela. “É um baque recebermos a notícia, mas depois que passa é uma alegria e uma gratidão enorme poder viver. Que toda mulher se cuide e se previna, pois só quem passou por isso sabe o quanto é difícil”, acrescenta.

 

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