Relatório final da CPI do Samae será apresentado dia 4 de abril


As conclusões da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a ocorrência de suposta burla ao Processo Seletivo Simplificado Edital 001/2017, do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), serão conhecidas no dia 4 de abril, quando a relatora do processo, vereadora Ana Helena Boos (PP), apresentará o relatório final dos trabalhos aos demais membros da CPI. A reunião terá início às 14h, no plenário da Câmara de Vereadores.

Na tarde desta segunda-feira, 5 de março, Ana Helena, Paulinho Sestrem (PRP) e Deivis da Silva (MDB) reuniram-se pela última vez antes da apresentação e votação do relatório final, dando por encerrada a fase de instrução do processo investigativo. “Tendo em vista que a gente analisou toda documentação apresentada, não há mais nada a ser requerido”, disse a vereadora.

Vice-presidente da comissão, Sestrem conduziu os trabalhos devido à ausência do presidente, Marcos Deichmann (Patriota), por motivo de doença na família. “Provavelmente, após a apreciação do relatório final pelo plenário, este documento deve ser encaminhado ao Ministério Público”, afirmou Sestrem em entrevista.

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Arquivamento
Na oportunidade, os parlamentares decidiram arquivar os ofícios em que as testemunhas Márcio Cardoso e Luciano Camargo, o denunciante, pediam pela anulação de perguntas formuladas por Deivis da Silva. Durante as oitivas do processo, o parlamentar atribuiu a Cardoso a afirmação de que o Samae seria uma entidade de “quinta categoria” e a Camargo, a declaração de que a autarquia estaria distribuindo água sanitária à população.

Em reunião da CPI dia 26 de fevereiro, Deivis argumentou que os arquivos de áudio e vídeo gravados pela Câmara evidenciam que as testemunhas pronunciaram exatamente os termos empregados por ele ao questioná-los. Ponderou, ainda, a respeito da legitimidade do pedido de anulação, com o entendimento de que a medida, se aprovada, poderia ferir a representatividade popular por ele exercida no Legislativo. O parlamentar requereu, então, que a assessoria jurídica da Câmara orientasse a CPI no tocante ao assunto.

Relembre o caso
O denunciado no processo é Neuton Maurício Hoffmann. Ele ficou em 18º lugar na classificação final do Processo Seletivo Simplificado – Edital 001/2017, do Samae, para o cargo de Agente de ETA (Estação de Tratamento), conforme resultado divulgado em 31 de maio do ano passado. Porém, foi contratado tempos depois, em 4 de julho, para um cargo de provimento em comissão, como chefe operacional – conforme a denúncia, para realizar atividades afins ao cargo de agente de ETA, embora sem ter registro profissional junto ao Conselho Regional de Química (CRQ-SC), requisito obrigatório para o exercício da função.

Hoffmann, aparentemente, estaria realizando o “o controle de qualidade da água e de calibração, conforme documentos que possuem sua assinatura”, destaca requerimento aprovado em plenário no mês de agosto de 2017 para a criação da CPI. Em testemunho, o denunciado afirmou que algumas das assinaturas em questão teriam sido falsificadas para comprometê-lo.

A versão de Hoffmann diverge do laudo de exame grafotécnico contratado pela Câmara de Vereadores, o qual concluiu serem mesmo dele as assinaturas constantes em documentos de controle de análise de águas e de controle de calibração, da ETA localizada no bairro Volta Grande.

 

 

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