Prefeitura de Brusque agiliza liberação de áreas de risco


Arte: divulgação –

A Prefeitura de Brusque, por meio da Defesa Civil, iniciou em junho deste ano, um trabalho técnico especializado, que visa a liberação das residências identificadas após as últimas cheias, como áreas de risco. O levantamento de 917 locais espalhados pelo município, está sendo executado pelo órgão desde a enchente de 2008, período com o maior índice de deslizamentos na cidade.

Com o auxílio de um engenheiro estruturalista, que realiza um trabalho voluntário na Defesa Civil, os técnicos retornam aos locais interditados e definem os reparos necessários para a liberação do imóvel, de acordo com os trâmites legais do município. Para facilitar a ação, os fiscais fizeram uma pré seleção, verificando se as medidas paliativas solicitadas após a primeira vistoria, realizada na maioria dos casos, pelos engenheiros do Clube de Engenheira, Arquitetura e Agronomia de Brusque (CEAB), atendem os requisitos de segurança necessários para desinterdição.

A monitora da Defesa Civil de Brusque, Aichha Carolina Pereira, frisa que em 2008 esses engenheiros também prestaram serviço voluntário durante a cheia. “Para garantir a segurança da população, os profissionais iam até os locais e interditavam, principalmente quando tratava-se de desmoronamentos de terra ou problemas estruturais nas residências. Algumas questões já foram solucionadas, porém é de extrema importância essa segunda vistoria, confirmando a viabilidade da área”.

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Até o momento, 120 vistorias foram realizadas. Desse total, foram selecionadas as que possuem viabilidade financeira e estão regularizadas para uma possível liberação do imóvel. De acordo com o agente da Defesa Civil, Ricardo Alexandre Burigo, até o momento, 16 residências foram liberadas para a execução dos referidos reparos. Burigo também reforça que, grande parte do total de residências interditadas ainda em 2008 se deram por se tratarem de obras irregulares, sem acompanhamento técnico, afetadas por deslizamentos ou cheias.

Das 917 interdições, 569 foram de caráter temporário e 348 definitivas. As famílias atingidas que tiveram suas casas interditadas definitivamente, foram direcionadas para a Secretaria de Assistência Social e Habitação, que direcionou algumas para alugueis sociais e outras para programas habitacionais, como o residencial Sesquicentenário e outros complexos habitacionais. “Muitas pessoas não eram de Brusque e depois de terem sua moradia comprometida, decidiram retornar para sua terra natal. Outras, que residiam em casas alugadas, locaram outros imóveis ou foram para casas de parentes”, lembra Aichha.

O objetivo do governo municipal junto ao órgão é garantir que em um ano 40% das regularizações sejam efetuadas. Apesar da grande demanda, a equipe se desdobra para atender a relação, além das urgências e emergências que chegam diariamente, por meio de denúncias. Os técnicos destacam ainda que, após a vistoria, um relatório é entregue ao morador, que ajuda na venda do terreno e na regularização do imóvel no município. Em casos de construções irregulares, o órgão alerta a comunidade para que seja denunciado, visto que futuramente ela pode comprometer o terreno como um todo.

A Defesa Civil de Brusque se coloca à disposição para consultas em novas áreas e terrenos que correm risco de deslizamento. O intuito é minimizar construções em locais irregulares e, sobretudo, garantir a segurança da população brusquense.

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