PAC – Moradores do bairro Nova Brasília reclamam de paralisação nas obras


 

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Iniciadas há cerca de quatro anos em Brusque, as obras do Pac prometem minimizar os problemas causados pelas cheias na região. Mas até lá, muitos moradores ainda sofrem com os transtornos durante e depois da execução e com a demora para a conclusão dos trabalhos.

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A empresária Daniela Becker mora há 16 anos na rua Osvaldo Nieburg, bairro Nova Brasília e reclama que os alagamentos se intensificaram desde que as obras iniciaram, em 2010. O serviço já foi praticamente concluído, mas como um túnel para escoamento ainda precisa ser construído, os problemas permanecem. “Em março começaram o túnel e a previsão era de concluir até o final do ano. Agora, faz 15/20 dias que está paralisada e o prefeito disse que abandonaram a obra. Vai atrasar de novo né!”, conclui. O vizinho, Alaerte Apolinário, também reclama da situação. “Se chove, ninguém pode sair de casa, temos que ficar cuidando das nossas coisas”, emenda. Em março de 2011, a comunidade sofreu com as enxurradas e teme que isso aconteça novamente até o fim das obras.

O secretário de obras, Gilmar Vilamosky, explica que o serviço parou há quase dez dias por conta de um problema técnico. “Precisamos fazer um furo na vertical para chegar ao túnel e no projeto esse poço já estava previsto para acontecer. Mas, devido a questões de segurança, como o solo encontrado foi de péssima qualidade, houve uma inclinação e achamos melhor reavaliar a situação e pensar num outro modo de executar essa parte. Até a situação ser redefinida a obra ficará paralisada. Estamos buscando uma solução”, afirma.

Além desta bacia, estão em andamento obras de macrodrenagem nos bairros Santa Terezinha, Limeira, São Pedro e Azambuja onde boa parte do trabalho já foi concluído.

Além das dificuldades técnicas, o secretário explica que o maior problema no projeto está na contratação das empresas. “Algumas já tiveram o contrato rompido por diferentes motivos e foram substituídas, inclusive as responsáveis pelas obras nos bairros Nova Brasília e Azambuja”. Mesmo assim, ele diz estar satisfeito com o andamento do serviço: das 14 bacias, 6 já foram concluídas: Paquetá, Bateas, Águas Claras, Parque das Esculturas, Steffen e a Avenida Beira-Rio.

Do orçamento total do Programa de aceleração do crescimento, que é de 72 milhões de reais, 40% já foi pago. E além das bacias em andamento, os bairros São Luiz, Centro e Primeiro de Maio serão contemplados.

A previsão segundo Gilmar, é que até o final de maio ou no início de junho, os trabalhos sejam retomados na rua Osvaldo Nieburg, assim como na Luis Boos (Santa Terezinha), onde o serviço será reprogramado após a locação de um equipamento para entrega das galerias. Semana passada, a prefeitura também realizou uma reunião técnica com os moradores da Bacia São Luiz/ São Leopoldo, onde os enroncamentos devem iniciar ainda no mês de maio.

Texto e fotos: Caroline de Souza

*Foto alagamento cedida por Daniela Becker

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