Especial Rainhas da Fenarreco: Ieda Hartke 1986/1987

Foto: Arquivo Secom

Para comemorar os 30 anos da Festa mais gostosa do Brasil, o Olhar do Vale vai apresentar durante 29 dias, o perfil das principais representantes e também responsáveis pelo sucesso dos eventos, as Rainhas da Fenarreco. Cada uma delas, com suas particularidades, gostos e jeitos, porém com uma grande paixão em comum, o município de Brusque e sua comunidade. Para elas um grande momento de descobertas, aprendizados, amizades, e outros tantos que você leitor, vai descobrir a cada dia.

O nascimento de um grande evento

Tudo começou em 1985, diz a história, que a Fenarreco foi inspirada na Oktoberfest, isto pela própria demanda de turistas que vinham experimentar famosa carne de pato selvagem, conhecido na região como Marreco, iguaria introduzida na cidade por imigrantes alemães no inicio do século 19. A carne de marreco sempre esteve no cardápio dos brusquenses, com o passar dos anos começou a aparecer frequentemente nos cardápios servidos em clubes eventos sociais. As receitas foram ganhando o paladar e conquistando novos públicos para o município.

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Vendo a necessidade de atender essa demanda de turistas, e ansiosos por produzir um evento familiar que valorizasse as tradições trazidas pelos imigrantes, surgiu a ideia de criar um evento. Em 1985, o município de Brusque estava se reerguendo dos destroços da enchente avassaladora de 1984, que atingiu todo o vale do Itajaí, deixando pelo menos, 40% dos municípios afetados em estado de calamidade pública.

Mesmo com todas as dificuldades, 1985, foi realizado um esboço do que seria a Fenarreco. Na época a cidade com aproximadamente 50 mil habitantes, não tinha espaços adequados para este tipo de evento. O clube de Caça e Tiro Araújo, foi o escolhido para sediar o evento. Segundo a Secretária de Turismo, ainda não se sabia o que ia acontecer, por isso não foi pensando em criar a realeza da festa e outras tantas atrações que hoje compõem a programação.

O pequeno evento tinha a intenção de começar às 10h e encerrar às 23h, porém o público gostou tanto que pediu mais e a organização teve de improvisar com a banda, para que a festa terminasse à 1h da manhã. O improviso repetiu-se durante todos os dias do evento, com o chope e a comida também. O sucesso foi tanto que em 1986, foi oficializada e divulgada junto à Santur, a 1ª Fenarreco, com a escolha da primeira rainha, que permaneceu dois anos como soberana.

Ieda Hartke – 1986/1987

O convite partiu dos senhores Waldir Walendowsky e Sr. Rolf Kaestner, e assim, Ieda Hartke,   sem saber bem como seria essa experiência, tornou-se a primeira Rainha da Fenarreco, por    dois anos consecutivos. Ela conta que tudo foi um grande aprendizado para toda equipe e produção, “Sempre foi maravilhoso. Tudo pra nós era novidade e sempre fui muito bem atendida por todos, eu era o cartão de visitas da cidade, sempre de forma gentil e alegre, sentava para comer marreco com os turistas, tirava fotos, e dançava só saia de lá quando a festa acabava”, comenta.

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Foto: divulgação –

Representar e apresentar a cidade, conversar com as pessoas, se divertir com elas e fazer com que elas saiam daqui felizes e satisfeitas, assim pode ser definido o papel de uma Rainha. Ieda fez tudo isso e mais um pouco, uma pena segundo ela, é que a única viagem que fez para divulgar a festa, foi na vizinha Oktober em Blumenau, “hoje as meninas viajam bastante, gostaria de ter viajado mais, porém só posso dizer que gostei de tudo e acho que todas as meninas que sonham com essa experiência devem participar, a Fenarreco é sensacional”.

Atualmente Ieda é casada, tem um filho de 14 anos, mora em Balneário Camboriú há 20 anos e tem um restaurante em Itajaí, formada em Direito, não seguiu a profissão, mas se considera muito feliz e realizada com suas escolhas. Sempre que pode vai a Brusque participar da Fenarreco, nos eventos em que é chamada, Ieda sempre comparece.

Depois de passarem 30 anos, Ieda vê a festa como um grande evento de legítimo sucesso, mas acredita que as coisas mudaram, com o passar dos anos até o público já esta diferente, nas músicas que querem ouvir, nos espaços que frequentam dentro do pavilhão, “Acredito que a população local gosta de participar e os turistas a veem como uma festa de tradições. A tradição germânica é muito bonita e existe também os poloneses e italianos. Juntar e mesclar estas culturas, mostra aos turistas do que nossa Brusque foi erguida e as pessoas querem ver o que temos de diferente. Nossa tradição não pode se perder e é isso que a Fenarreco mostra” afirma a Primeira Rainha.

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Ieda na festa de lançamento da 30º Fenarreco

por Fernanda de Freitas

imagens retiradas do Blog da Fenarreco

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