“Pretendo dar continuidade às boas práticas da Acibr”, diz novo presidente


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Foto: Olhar do Vale –

O portal Olhar do Vale traz entrevista com o novo presidente da Associação Comercial e Industrial de Brusque (Acibr), Halisson Habiztreuzer, eleito no dia 31 de agosto. Habiztreuzer tem 38 anos e é empresário do setor contábil. É graduado em Direito pelo Centro Universitário de Brusque (Unifebe) e pós-graduado em Economia e Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. Além disso, é formando do curso de Ciências Contábeis, também pela Unifebe. Halisson Habiztreuzer foi eleito presidente da instituição com 63 votos e exercerá o cargo durante dois anos (2016 e 2017), podendo concorrer à reeleição. O novo presidente da Acibr, assim como a nova diretoria, que conta também com Edemar Fischer (vice-presidente) e Rita Cássia Conti (Diretora Financeira), toma posse no dia quatro de outubro. Leia a entrevista:

Olhar do Vale: O que representa para você ser eleito presidente da Associação Comercial e Industrial de Brusque?

Halisson Habitzreuter: A Associação Empresarial já tem 80 anos de história. Este ano comemora 81 anos junto com a posse da nova diretoria. Ser eleito presidente, chapa única, uma unanimidade, pela quantidade de votos que eu tive, representa um grande fardo, uma grande responsabilidade. Se você olhar a história que tem a Associação Empresarial em nossa cidade, os empresários que me antecederam como presidente, isso demonstra a importância do cargo e também da instituição para a cidade. Fico muito contente, mas sei da empreitada que eu tenho agora pela frente. É dessa forma que eu encaro esse novo mandato.

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Olhar do Vale: Você foi eleito de forma expressiva, em relação a outros presidentes já eleitos. Isso representa a confiança que os empresários têm em você?

Halisson Habitzreuter: Essa quantidade de votos e por se tratar de chapa única, votação voluntária, representa 20% a mais do que o último presidente e também a maior votação de todos os tempos da Acibr, além de ser o mais jovem. Isso tudo colabora para me trazer mais responsabilidade, para eu me empenhar mais e me trazer mais motivação para exercer esse cargo, juntamente com a diretoria. Não posso deixar de ressaltar a importância da diretoria, porque a Associação Empresarial decide tudo de forma bem democrática. Todos os assuntos são decididos pela diretoria, e eu preciso desses membros para exercer um belo mandato.

Olhar do Vale: Por isso é importante estar cercado de empresários competentes e diferentes áreas de atuação?

Halisson Habitzreuter: A nossa diretoria é bastante eclética e possui empresas de vários ramos. E esse apoio do Edemar Fischer é muito importante. Eu não teria assumido a presidência sem o apoio dele, que fica agora como vice e de todos os outros empresários que compõem a diretoria. Quando meu nome foi cogitado, foi uma das condições que eu estabeleci, que eu precisava do apoio de todas as empresas para poder exercer um bom mandato. Senão eu não teria assumido, caso não tivesse essa condição pré-estabelecida. Fico contente porque tive o apoio de todas essas empresas, grandes e pequenas. Isso me deixa mais motivado.

Olhar do Vale: Serão dois anos de mandato, com possibilidade de reeleição, qual a sua expectativa frente à Acibr e qual a sua principal bandeira?

Halisson Habitzreuter: Para este ano de 2015 nós já temos nosso programa de atividades e reuniões. Já foi estabelecido pela diretoria no início do ano e eu pretendo dar continuidade a esses serviços.  Também pretendo dar continuidade nas boas práticas que a Acibr tem, que já foram estabelecidas tanto no mandato do Edemar, quanto no mandato do Tato (Nelson Zen Filho), Luciano (Aliomar Luciano dos Santos) e do Ingo (Ingo Fischer). Então são boas práticas que a gente mantém independentemente do novo presidente, porque funcionam e são boas para o associado. Para os anos de 2016 e 2017, eu tenho vários projetos, mas isso é uma decisão da diretoria. Todos esses projetos vão ser apresentados para a diretoria. Além de eu apresentar os projetos, outros diretores também apresentam e, uma vez que são aprovados pela diretoria, são colocados em prática e dado andamento. Para este ano ainda temos a aprovação desses projetos para os dois próximos anos.

Olhar do Vale: Qual o maior desafio em estar como presidente da Acibr?

Halisson Habitzreuter: O maior desafio é a responsabilidade de cuidar da entidade. A nosssa associação tem muita tradição e a gente sempre quer preservar e crescer. O maior desafio é manter essa atuação da Acibr perante aos associados e comunidade. Porque, apesar de, inicialmente, a Associação Empresarial ser voltada exclusivamente para os associados, muitas atividades que são realizadas para os empresários têm reflexo na sociedade. A gente tem consciência desses tentáculos que a gente possui nas nossas atividades. Esse seria o maior dessafio: manter a qualidade na prestação de serviço e também na representatividade da Acibr em nosso município.

Olhar do Vale: Algumas ações desenvolvidas pela Acibr têm reflexo na comunidade. O que motiva a Acibr a se envolver em questões mais amplas, como segurança e educação, por exemplo?

Halisson Habitzreuter: São diretamente as necessidades de nossos associados. Nossos associados nos cobram nesses setores e isso reflete no próprio desempenho das suas empresas. Uma empresa que está localizada em uma determinada cidade, que não possui segurança pública, por exemplo, ela não produz bem e provavelmente ela não vai ficar muito tempo nesta cidade. E o mesmo se aplica na questão de mobilidade. Se não tiver esses acessos tanto rodoviário, quanto acessiblidade interna bem estruturada, isso também impede o desenvolvimento econômico do município e das empresas associadas. São todas necessidades diretas dos nossos associados, que acabam tendo reflexo em toda população de Brusque. A gente tem consciência que tem que ser assim. As empresas são geradoras de desenvovimento social. A cidade é o que é hoje por causa das empresas que aqui estão localizadas. Isso que gera o desenvolvimento social e faz com que Brusque seja o que é hoje.

Olhar do Vale: A Acibr tem esse papel de cobrar e fiscalizar a atuação dos órgãos públicos?

Halisson Habitzreuter: Essas são as nossas principais atividades. Através do associativismo, a Acibr tem força para chegar perante a qualquer órgão público, seja municipal ou estadual, cobrar e reinvidicar benefícios e melhorias para a classe. Esta é uma atividade que sempre existiu na Acibr e sempre vai existir. Um exemplo, em curto prazo, foi a nossa caravana para Florianópolis em busca de melhorias para o sistema elétrico de Brusque, Botuverá e Guabiruba. Da mesma forma reivindicou-se maior segurança pública, que é um pedido constante dos empresários. Porque sem essa segurança pública nós não vamos ter desenvolvimento local. E ainda sobre o Centro Tecnológico, quando fomos abordar a importância da inovação para a cidade. A Acibr está sempre fiscalizando e observando as atividades dos poderes constituintes para conseguir melhorias para os associados.

Olhar do Vale: Qual a expectativa da classe empresarial em relação à economia do país?

Halisson Habitzreuter: Estamos agora em um momento de muitas incertezas. Apesar das incertezas, a gente não pode perder o otimismo. O país está passando por um momento conturbado, isso é inegável. A gente está vendo isso todos os dias. Acredito que isso vai ser passageiro, mas o Brasil precisa agora tomar ações e espero que essas ações sejam boas, realmente efetivas, que não façam apenas um curativo para resolver a situação em curto prazo. Precisam ser tomadas medidas para resolver o problema em definitivo, para que o Brasil retome o seu crescimento econômico sólido. Através dos órgãos em nível federal, os empresários estão tomando atitudes no sentido de efetuar lobby. A gente espera que dê resultado e que sejam tomadas decisões corretas. O país estando na linha novamente, como se diz popularmente, vai haver o crescimento e vai ser refletido em nossa cidade, em nosso empresariado.

Olhar do Vale: Quais as ações que a Acibr poderia realizar ou já está realizando para estimular a economia aqui na nossa região?

Halisson Habitzreuter: A Associação Empresarial está sempre acompanhando esses problemas locais. Que depois de uma análise a gente percebe que não são problemas apenas locais, são no nosso estado e se reflete em todo o país. A gente percebe que os mesmos problemas que temos aqui são encontrados em outras cidades. Esses problemas e necessidades são encaminhados para os nossos órgãos federais e estaduais, como Facisc e Fiesc, por exemplo. É através desses órgãos que a classe empresarial, como um todo, exerce sua pressão no congresso e nos poderes constituintes para que seja resolvido o problema lá em cima.

Texto: Olhar do Vale

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