Oficina de negociação salarial é realizada em Brusque

Foto: divulgação -

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Brusque – A vice-presidência regional da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) no Vale do Itajaí Mirim, em parceria com a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), realizou, no início da semana, a oficina “Aprimorando a Prática de Negociação Coletiva”. O principal objetivo do curso foi contribuir com as entidades sindicais patronais de Brusque e região nas convenções salariais coletivas.

Participou da oficina o vice-presidente regional da FIESC, Ingo Fischer, que também é presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Brusque (Simmeb);  Marcus Schlösser, do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem, Malharia e Tinturaria de Brusque, Botuverá e Guabiruba (Sifitec); Rita Cassia Conti, do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Brusque, Guabiruba, Botuverá e Nova Trento (Sindivest) e Fernando José de Oliveira, presidente do Sindicato da Indústria da Construção e do Mobiliário de Brusque, Guabiruba, Botuverá e Nova Trento (Sinduscon), além de profissionais e advogados de empresas associadas a estas entidades.

“Nosso objetivo é aprofundar o conhecimento das estratégias e técnicas de negociação coletiva, destacando a importância do planejamento da negociação, do monitoramento do setor de forma orientada, do envolvimento das indústrias nesse processo e do relacionamento com o sindicato laboral, para alcançados resultados mais equilibrados nas convenções”, disse Ingo Fischer acerca do evento, que contou, ainda, com a abertura de Carlos José Kurtz, diretor jurídico da FIESC.

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Kurtz apresentou um panorama da atual legislação trabalhista e defendeu a proposta de reforma, apresentada pelo Governo, a qual, segundo ele, se faz necessária para que o Brasil tenha mais e melhores postos de trabalho, cidadania e desenvolvimento. “Empregadores e empregados, devidamente assistidos por seus sindicatos, têm melhores condições de definir os termos de sua relação, considerando os princípios constitucionais e as peculiaridades de seus setores e regiões. Reconhecer, valorizar e fortalecer as convenções e acordos coletivos é a medida mais adequada para enfrentar os desafios impostos pela realidade contemporânea”, destacou.

A palestra

O advento da reforma trabalhista que aportou recentemente no Congresso Nacional para votação é um fato que também motivou a realização da oficina, de acordo com o consultor do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA) da CNI, Roberto Sotomaior Karam, que ministrou a palestra e realizou dinâmicas com os presentes. “Os empresários precisam estar preparados para as negociações. E a palavra-chave é informação. Eles precisam ter muita segurança no que levam pra mesa e planejarem sua negociação”, conta.

Os assuntos abordados durante o curso foram desde a coleta de indicadores, como se portar na convenção coletiva, como responder eventuais provocações ou dados que os sindicatos laborais possam trazer, até, principalmente, de acordo com o palestrante, saber detalhes extras que pode haver em uma negociação.

A crise ainda está por aí. O desemprego está longe de ser resolvido. Isso, claro, implica diretamente nas convenções salariais. Karam explica que é justamente nessa hora que é preciso ter a prática apurada da barganha. “As empresas têm de fornecer ao sindicato patronal as informações que ela precisa e, principalmente, os limites que as empresas podem suportar, afinal todos vivemos a mesma crise”.

Schirley Freitas, gerente de Recursos Humanos da empresa brusquense Zen S.A., foi uma das participantes da oficina. Segundo ela, os conceitos repassados agregaram o conhecimento que a profissional já possui quanto ao tema. “A gente conseguiu ter uma visão geral dos itens que são importantes em uma negociação coletiva e da importância do planejamento e da preparação. Esse material para mim é bastante enriquecedor”, disse.

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