Semana Nacional dos Museus tem vasta programação


museu

No próximo domingo, dia 18/05, é comemorado o Dia Mundial dos Museus. E para celebrar a data, a 12ª Semana Nacional dos Museus possibilita que brusquenses e visitantes conheçam um pouco mais sobre a nossa história e cultura, através de várias atividades.

Uma delas é a exposição inédita sobre os hinos de Aldo Krieger, como explica Carmelo Krieger, diretor do Instituto Aldo Krieger: “Há dois anos fizemos uma exposição sobre o hino de Brusque, mas é a primeira vez que fizemos sobre todos os hinos”. A mostra reúne originais de diversos hinos, como o de Brusque e de Santa Catarina. O historiador Alisson Souza Castro conta que o hinário do músico Aldo Krieger foi escolhido por representar bem o tema Coleções criam conexões. “Esta coleção faz conexão com nossa vida no presente. Trabalhar isso é mostrar que tivemos um autodidata, que foi um expoente da música, reconhecido nacionalmente”.

Programação – 12ª Semana Nacional dos Museus

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Casa de Aldo Krieger (IAK)
Local: Rua Paes Leme, 63 – Centro
Exposição “Hinário Aldo Krieger”
Visita guiada à exposição permanente do Museu.
Data: 13 a 16 de maio
Horário: 14h às 19h

Apresentação da Orquestra do Colégio Cônsul Carlos Renaux
Data: 15 de maio
Horário: 19h30min às 21h

Museu Histórico do Vale do Itajaí Mirim (Casa de Brusque)
Av. Otto Renaux, 285 – São Luiz
Data: 6 a 30 de maio
Horário: 8h às 17h
Ação educativa: Educação Museal e Patrimonial – Atividades lúdicas através de fantoches sobre a colonização de Brusque em uma viagem através das coleções e suas conexões.

Exposição: Testemunhas do Passado – Mostra de cópias de documentos Históricos sobre o processo da Colonização de Brusque e recorte temático dos principais periódicos no primeiro centenário publicados na cidade.
Data: 6 a 30 de maio
Horário: 8h às 17h

Exposição: Tempo e Tecnologia – Mostra de coleções de filmes antigos em 8 mm em formato de rolo, máquinas de escrever, relógios, equipamentos têxteis e utensílios domésticos.
Data: 6 a 30 de maio
Horário: 8h às 17h

Exibição de vídeos: “Centenário de Brusque” (14 min), “História das Coisas” (21 min.) e “Expedições à cidade Schneeburg” (30 min).
Data: 13 a 16 de maio
Horário: 9h30 às 11h

Visita guiada: Atividades monitoradas com ênfase para as coleções inerentes ao evento para a comunidade local, estudantes, pesquisadores e turistas.
Data: 13 a 16 de maio
Horário: 9h30 às 11h

Museu Arquidiocesano Dom Joaquim (Museu de Azambuja)
Praça de Azambuja, 970 – Santuário de Azambuja – Azambuja
Data: 12 a 18 de maio
Horário: 8h às 17h
Visitação monitorada a grupos de visitantes.
Grupos interessados, agendar com antecedência – Telefone: (47) 3396-0296.

No principal museu da cidade, o Museu Arquidiocesano Dom Joaquim, mais conhecido como Azambuja, os visitantes podem conferir um acervo com mais de 5 mil peças. E o local além de abrigar inúmeras riquezas, também é rico em história.

De imponente arquitetura românica, o prédio que abriga o museu foi construído e projetado pelo Padre Gabriel Lux, no ínicio do século 19. Localizado em Azambuja, a história do museu confunde-se com a do Santuário. Afinal, ali funcionava o antigo seminário. Em 1933, as primeiras peças foram doadas por Joca Brandão e em 03/08/1960 foi inaugurado oficialmente em comemoração ao primeiro centenário de Brusque. A maior parte do acervo de 5 mil peças é proveniente de Santa Catarina.

A visita, começa pelo térreo – o andar da história natural. Na sala da ciência encontramos materiais da década de 50, que pertenceram ao laboratório do seminário e eram utilizados em estudos. Pedras brasileiras, crânios e fósseis de diversas regiões também estão expostos nessa área.Mas, o que chama mais a atenção são os exemplares de mamíferos, aves e répteis taxidermizados, ou seja, empalhados. Muitos deles foram caçados pelo Padre Raulino Reitz, botânico e fundador do museu. Atualmente, ainda podemos encontrar alguns deles na nossa fauna, como os bugios, a anta e o tamanduá mirim. Uma pele de sucuri com 5 metros de comprimento e 30 cm de largura complementa o espaço. Além de despertar muita curiosidade, o conjunto auxilia pesquisas.

Para ajudar a conservar tantas riquezas, na sala da reserva técnica são realizadas as restaurações do acervo. O trabalho é feito por voluntários, que se dedicam uma vez por semana à essa tarefa.

Já no primeiro andar estão as coleções de arte sacra. A maioria das peças também são provenientes do nosso estado, pois esta foi a primeira instituição a demonstrar preocupação em preservar a memória religiosa catarinense. Há imagens de arte barroca e também de arte popular… estas, confeccionadas pelos próprios imigrantes italianos. Uma mini capela, quadros, paramentos e pertences pessoais dos arcebispos complementam o acervo que é um dos maiores do Brasil.

O sótão é o último lugar do museu e abriga a história da colonização de Brusque e de Santa Catarina. Os objetos retratam desde a cultura indígena do nosso litoral até os tempos da antiga indústria têxtil brusquense. Um tear caseiro, máquinas e utensílios utilizados numa alfaiataria retratam o início de uma das principais atividades econômicas do município até hoje. Já a capela do imigrante com preciosidades do final do século XIX e início do XX permitem ao visitante voltar no tempo, num passeio pela história e cultura da religiosidade catarinense. Aqui, podemos conhecer também o relógio da primeira igreja matriz de Brusque, doado por Dom Pedro II e a rica coleção de espadas da época do Brasil Império e do Brasil República. E casa do imigrante encerra a visita. Todos os objetos que estão nesse lugar foram doados pelos descendentes dos primeiros imigrantes que chegaram na cidade e retratam como eles viviam naquela época. As peças reproduzem as casas, os costumes, o cotidiano, o trabalho…e ajudam a traduzir uma história de muitas dificuldades, mas também de alegrias e conquistas.

Texto e foto: Caroline de Souza

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