Exposição “Histórias Não Contadas” homenageia mulheres brusquenses


Ao longo do mês de março o Casarão Garibaldi faz uma homenagem especial às mulheres. A casa abre suas portas para a exposição “Histórias Não Contadas”, da artista brusquense Silvia Teske. Ao todo são 13 obras em pintura sobre tela e que passam a ideia dos mistérios, desejos, memórias, segredos e sentimentos que as mulheres carregam dentro de si.

Além disso, o tradicional restaurante brusquense homenageia sete grandes mulheres que fizeram parte da história de Brusque e contribuíram de forma significativa para a cidade. São elas: Albertine Burow von Buettner (uma das fundadoras da Buettner); Nathalie Schlösser (esposa de Gustav Schlosser, fundador da Cia Industrial Schlösser); Selma Wagner (esposa de Carl Renaux, fundador das Industrias Renaux), Francisca dos Anjos de Lima e Silva (a Fanny); Lya Viana Hoffmann (esposa do doutor Germano Hoffmann e colaboradora da Modateca); Giralda Seyferth (pesquisadora e diretora do Museu Nacional do Rio de Janeiro), e Maria Luiza Renaux – Bia Renaux (historiadora e bisneta do Cônsul Carlos Renaux).

Os nomes, fotos e um breve currículo das mulheres estão estampando os displays das mesas do restaurante. A colaboração é da professora da Unifebe e pesquisadora da imigração alemã para o Vale do Itajaí, Rosemari Glatz.

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“Essa iniciativa, além de homenagear as mulheres, é uma forma de valorizar a cultura e história da nossa cidade. Nós, no Casarão, acreditamos que mais do que nutrir nosso corpo com alimento, é necessário alimentarmos também a nossa mente, com cultura”, declara o proprietário do Casarão Garibaldi, Jonathan Casagrande.

 

Corpo e mente nutridos

De acordo com Jonathan, desde o início, a proposta da casa era realizar exposições com artistas brusquenses, mas por conta de outras demandas o Casarão não havia conseguido iniciar o projeto até então. Entretanto, com a exposição e as homenagens ao Dia da Mulher, a ideia é que as obras de outros artistas regionais também possam ser apresentadas pela casa a partir de agora. “Conversamos com a Silvia Teske e a ideia é que ela seja a curadora das próximas exposições. Esperamos criar cada vez mais um espaço rico em cultura, e proporcionar bons momentos para todos os nossos clientes. Além disso, acreditamos que o momento do almoço ou jantar é uma ótima oportunidade para se apreciar uma obra, valorizá-la de alguma maneira ou conhecer um pouco mais das figuras da nossa cidade que tiveram um papel de grande importância ao longo dos anos”, completa.

 

Homenagens justas

Para Silvia Teske, ter suas obras expostas no Casarão, bem como vê-las como uma homenagem às mulheres é uma grande satisfação. “Sempre admiro as propostas do Casarão. O ambiente é gostoso, promove a cultura e um olhar mais tranquilo, lidando com um público que está desarmado, mais fluído. Penso que relacionar arte e cultura com boa gastronomia é sucesso garantido”, comenta a artista.

Segundo ela, ‘Histórias Não Contadas’ traz obras que transmitem muito de seu momento atual, de muita produção e criatividade. “Pretendo passar a ideia da mulher que é mistério, segredo, que possui um silêncio cheio de ruídos. Que possui um vazio carregado de coisas não ditas, mas vividas, pensadas. Não penso só em falar sobre a mulher, mas sobre o ser humano que a habita, e que pode nesse momento refletir sobre os vácuos, os desejos, as memórias e as projeções”, descreve Silvia, sobre suas obras.

Já em relação às sete mulheres homenageadas, a professora Rosemari Glatz explica que os critérios para a seleção se basearam em mulheres que representassem o lado reverso da história; que tiveram participação direta na fundação das três principais indústrias têxteis de Brusque; em mulheres que estiveram à frente de seu tempo; que foram figuras emblemáticas e que marcaram a tradicional sociedade brusquense; bem como figuras femininas que colaboraram de forma significativa para a preservação da história regional.

“O que se buscou foi fazer um pequeno resgate de memória de algumas mulheres que, de alguma forma, marcaram a história de Brusque. É uma pequena iniciativa, que não alcança todas as que merecem ser homenageadas. É uma mostra temporal de diversos segmentos sociais, mas que com certeza irá contribuir para a experiência de uma descoberta de uma tradição própria, além dos limites do momento presente. É a história fazendo história. Realmente espero que essa iniciativa possa servir de exemplo e inspiração para outros estabelecimentos, já que apesar da nossa rica história, temos um grande vazio cultural que precisa ser preenchido, e fazer isso é papel de todos nós”, complementa Rosemari.

Dia especial

Nesta quinta-feira, 8 de março, Dia da Mulher, as mulheres que marcarem presença no Casarão receberão um brinde especial da casa.

O Casarão Garibaldi funciona de terça a sábado, das 11h30 às 14h e das 19h30 às 23h. Além disso, uma vez ao mês a casa abre suas portas aos domingos, sendo que no mês de março será no dia 11. Neste dia o restaurante oferece pratos diferenciados, incluindo sushi, e um buffet completo, acompanhado de música ao vivo. O valor do buffet livre é de R$ 45,00 por pessoa. Crianças de 0 a 6 anos não pagam, e de 7 a 12 anos o valor é de R$ 27,50. Reservas e informações: (47) 3351-7775.

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