Especial Rainhas: 20º Reinado – Cibele Furbringer/2005

Arquivo Pessoal

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Arquivo Pessoal

Nesses vinte anos de Fenarreco muita coisa aconteceu, até agora não havíamos ouvido nenhum tipo de situação de preconceito com nossas Rainhas, porém sempre existe um primeiro caso, um primeiro diferençamento no ponto de vista. Nossa rainha de hoje demonstra uma personalidade firme.  Fala sobre a falta de suporte que teve em sua época, dos trajes antigos que teve de usar e do único par de sapatos que ao final do evento estava com um grande buraco na sola.

A soberana da 20ª Fenarreco, Cibele Furbringer revela todos os detalhes de seu reinado e traz a tona situações que relembra com tristeza e pesar. Seu pai não aprovou sua participação, se dizia envergonhado “Era nítido sua desaprovação cada vez que me via arrumada para sair. Tanto que nunca foi me ver, nem no desfile oficial como nos dias da festa. Dizia que isso não era coisa para moça de família,” relembra emocionada.

Acredita ter vivenciado situações muito boas também, como as viagens e a oportunidade de divulgar a Fenarreco na Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, para ela a realização de um sonho. Porém não se esquece dos olhares e situações de preconceito, que na época surgiam por conta de boatos de episódios vividos com algumas de suas antecessoras.

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Totalmente profissional, assim que Cibele define sua participação na festa, “Tinha que honrar os compromissos como datas e horários. Estava representando uma festa, uma cidade, uma cultura. Pensava em ser simpática e agradável para alcançar o objetivo que era a divulgação da festa”, relata.

Formada em serviço social, a soberana eleita aos 28 anos mudou de foco sua carreira após a participação no evento. Por conta de uma oportunidade que conseguiu, mudou para área de educação. Formada também em pedagogia, Cibele mora em Brusque com sua família e trabalha como professora. Ainda participa do evento, mas não gosta de ver os desfiles, pois sempre se emociona e chora.

Enxerga hoje, uma festa repaginada e atualizada, “voltou a ser uma festa que resgatou a participação da população brusquense. Observo bastante à parte da “Realeza”, elas recebem um suporte que não tive,” finaliza. Para as meninas aconselha “Façam suas inscrições, vale a pena agarrar essa oportunidade, de viajar, de conhecer muitas pessoas e de principalmente não perder o foco e o objetivo do trabalho, divulgar a festa. Sem estrelismo, não é um concurso meramente de beleza, o conhecimento, o carisma, a simpatia estão acima de tudo”, ressalta Cibele.

Por: Fernanda de Freitas

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